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Relátórios de economia
31/10/2025

Semana em Gráficos - 17/10 a 31/10

Por

Cristiane Quartaroli

Uma combinação de fatores externos e domésticos influenciou o comportamento da taxa de câmbio aqui no Brasil. Nos Estados Unidos, a decisão de juros do Federal Reserve manteve o foco dos investidores, diante das incertezas sobre o ritmo de cortes futuros e do tom cauteloso adotado pelo presidente Jerome Powell, que reforçou a necessidade demais evidências de desaceleração da inflação. No campo geopolítico, o encontro entre os presidentes dos EUA e da China trouxe um breve alívio aos mercados, sinalizando disposição para cooperação em temas estratégicos, ainda que sem avanços concretos. No Brasil, por outro lado, os ruídos políticos voltaram apesar sobre o humor dos investidores, com disputas internas no governo e críticas à condução fiscal, o que reduziu parte do apetite por ativos locais e limitou a valorização do real frente ao dólar.

A curva de juros, por sua vez, apresentou leve ajuste, refletindo um ambiente de cautela, tanto aqui quanto lá fora. A decisão do FED e o tom mais cauteloso presidente da instituição reduziram o apetite por risco global. Contudo esse movimento foi parcialmente compensado pela percepção de que o ciclo de cortes nos EUA ainda deve ocorrer em 2025. Aqui, no Brasil, o destaque foi o resultado do IGP-M de outubro, abaixo do esperado, reforçando a leitura de arrefecimento das pressões inflacionárias — fator que contribuiu para ajustes moderados nas taxas futuras, sobretudo nos vértices intermediários da curva. Ainda assim, os ruídos políticos e as incertezas fiscais mantiveram a cautela dos investidores, limitando o espaço para uma queda mais consistente dos juros.

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