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Para quem não conhece essa expressão, pedi para o ChatGPT explicar e aqui está: “A expressão “Quem é fulano na fila do pão” é uma gíria bastante usada no português informal, especialmente no Brasil, para questionar de forma irônica ou até debochada a importância ou a relevância de alguém em determinado contexto. Ela transmite a ideia de que a pessoa mencionada não tem tanta importância, autoridade ou relevância quanto talvez pense ter — ou quanto outros possam supor. Pode ser usada para diminuir alguém de maneira bem-humorada ou sarcástica, especialmente quando essa pessoa está querendo se impor, opinar demais ou parecer mais relevante do que de fato é.
Para quem acha que a expressão faz sentido para o Brasil, vim aqui para mostrar o contrário. Estive em um evento nesta semana, onde a grande maioria dos participantes era de fora do Brasil e minha missão era explicar um pouco sobre a economia brasileira, mostrar nossos pontos fracos e nossos pontos fortes também, por que não? Embora eu tenha destacado muito bem os pontos fracos, afinal, eles aparecem com muito mais frequência nos holofotes dos nossos noticiários mais recentes; para minha surpresa, os pontos fortes foram os que brilharam os olhos, os que geraram curiosidade, questionamentos e admiração.
Então, hoje, ao invés de falar sobre aquelas variáveis macroeconômicas que estamos acostumados a olhar e que ultimamente nos têm mostrado um cenário pouco animador (inflação, juros, fiscal, taxa de câmbio...), decidi apresentar outros tipos de variáveis menos famosas aos modelos econométricos, mas muito conhecidas do cidadão comum brasileiro e que brilharam os olhos de nossos colegas estrangeiros. Pensando nisso, será que muitas vezes não somos nós os próprios sabotadores do Brasil? Aqueles que no fim do dia estão sempre olhando para o copo meio vazio ao invés de enxergar também as coisas boas? Algo para se pensar!
Pois então falaremos aqui sobre comércio digital, bancarização e Pix! Três temas que estão diretamente relacionados e que podem ser sim chamados de orgulho brasileiro! Para se ter ideia, o Brasil ocupa uma posição de destaque na adoção do comércio eletrônico e dos meios de pagamento digitais, o que expandiu significativamente o alcance dos negócios em praticamente todos os setores da economia. Essa transformação digital se acelerou de forma expressiva nos últimos anos, impulsionada pela combinação de alta penetração da internet, conectividade móvel e pela ampla utilização de plataformas de pagamento instantâneo, como o Pix. Essa realidade se reflete no forte posicionamento do Brasil nos rankings globais de adoção do varejo digital. O Brasil ocupa hoje a terceira posição nesse ranking, superando todos os outros países da América Latina (ver gráfico), ficando atrás apenas de gigantes globais como China e Estados Unidos. Isso evidencia não apenas a maturidade do ecossistema de comércio eletrônico brasileiro, mas, também, a elevada disposição dos consumidores brasileiros em adotar, de forma rápida, novas tecnologias, plataformas e soluções digitais.
Falando em maturidade de sistema bancário, o sistema bancário brasileiro é, sem dúvida, um verdadeiro caso de sucesso entre os mercados emergentes. Mais de 90% da população brasileira possui uma conta bancária, um percentual superior à média observada em outros países emergentes, que gira em torno de 60% (ver gráfico). Além de ser um sistema altamente regulado e bem supervisionado, o setor bancário no Brasil destaca-se também pelo seu nível de avanço tecnológico. Um exemplo dessa modernização é o Pix - sistema de pagamentos instantâneos, rápido e conveniente, desenvolvido e operado pelo Banco Central do Brasil – já muito conhecido pelos brasileiros, mas pouco pelos estrangeiros.
O Pix transformou de maneira profunda o cenário de pagamentos no país. Hoje, o Brasil lidera a América Latina na adoção de soluções de banco digital, enquanto muitos outros países ainda estão em estágios iniciais de discussão sobre modernização do sistema financeiro. Enquanto diversas economias ainda enfrentam desafios na digitalização de seus sistemas bancários, o Brasil já opera com um sistema financeiro altamente digitalizado, eficiente e seguro. Atualmente, milhões de brasileiros utilizam o Pix diariamente - cerca de 70% da população tem uma chave PIX (ver gráfico), tanto para transferências pessoais quanto para pagamentos no varejo. Segundo dados recentes do Banco Central, o Pix já se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no país, e mais de 60% da população brasileira faz uso do sistema pelo menos uma vez por mês. O Brasil, hoje, é considerado uma referência global em soluções financeiras digitais, e o sucesso do Pix segue atraindo a atenção de outros países e instituições ao redor do mundo, que buscam entender e, em muitos casos, replicar o modelo brasileiro.
Pensando nisso, como de fato deveríamos responder à pergunta-tema deste relatório “Quem é o Brasil na fila do pão?”. Apesar dos desafios — como inflação, juros altos e incertezas macroeconômicas — o país tem mostrado força em áreas pouco valorizadas internamente, mas admiradas lá fora. O Brasil é referência em inclusão financeira, inovação digital e modernização bancária. Somos mais fortes, criativos e relevantes do que muitas vezes imaginamos. Em vez de nos sabotar, que tal reconhecer que temos, sim, um lugar de destaque — e merecido — nessa fila?
A summary of the main events of each day that may influence the exchange rate, all in less than 1 minute.
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