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Relátórios de economia
20/5/2025

País soberano, nota nem tanto!

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA: A agência Moody's rebaixou a classificação de crédito dos Estados Unidos na última sexta-feira, citando dívida e juros crescentes. O país, que anteriormente possuía a nota máxima "Aaa", caiu um degrau e passou para "Aa1”, perdendo o selo de máxima segurança em investimentos. Na sequência, a agência revisou também as notas de risco de importantes instituições financeiras norte-americanas, representando uma ampliação das incertezas no sistema financeiro global. Essa deterioração no ambiente de confiança internacional pode intensificar a aversão ao risco entre investidores, levando a uma realocação de portfólios em direção a ativos considerados mais seguros e líquidos.

CONSEQUÊNCIA: Com isso, há maior probabilidade de saída de capitais de economias emergentes, como o Brasil, pressionando a taxa de câmbio e contribuindo para a valorização do dólar frente ao real. E, como sabemos, qualquer movimento de desvalorização da moeda brasileira encarece importações e pode intensificar as expectativas inflacionárias, exigindo atenção da política monetária. Mas calma lá!!! Nada disso ainda está acontecendo e a movimentação da Moody’s pode ter sido apenas uma sinalização, não significando uma catástrofe anunciada. Precisamos ainda aguardar as cenas dos próximos capítulos para entender como será a reação do mercado e dos agentes daqui pra frente. Além disso, vale destacar que nossa taxa de juros elevada segue sendo positiva para o real – sob o ponto de vista de ingresso de capital especulativo, limitando a volatilidade cambial no curto prazo.

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