Taxa de câmbio e confiança

CAUSA: A semana promete ser de fortes emoções no mercado financeiro brasileiro. O real tem se destacado entre as moedas emergentes que mais se valorizaram ao longo do último mês, influenciado principalmente pelo diferencial de juros positivos com os EUA — condição que tende a se ampliar coma expectativa de novo corte na taxa americana após a decisão do Federal Reserve que acontecerá na próxima quarta-feira. Além disso, o tom amistoso do encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, embora sem avanços concretos sobre tarifas, contribui para um ambiente global menos tensionado e melhora do humor dos investidores. Por fim, e não menos importante, observou-se uma melhora expressiva nas projeções de inflação do Relatório Focus divulgado ontem pelo Banco Central, o que tende a aumentar a confiança do consumidor brasileiro, bem como a percepção de risco por parte do empresariado.

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CONSEQUÊNCIA: Como consequência, o câmbio e os ativos locais devem continuar encontrando suporte nos próximos dias, com espaço para movimentos de apreciação adicional do real caso o fluxo estrangeiro se mantenha – em decorrência da queda de juros nos EUA. No entanto, a atenção dos mercados também se voltará aos dados domésticos de confiança e emprego, que podem indicar qual será o ritmo de recuperação da atividade no fim do ano. Uma leitura mais positiva tende a reforçar a percepção de resiliência da economia brasileira e a atrair capital para o país, cenário em que o diferencial de juros e a melhora na confiança seguem como principais pilares de sustentação para o real.