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Como toda típica brasileira, eu adoro carnaval. Adoro as festas, as fantasias, as cores e, sobretudo, o clima de alegria. E nesse período, há uma ansiedade, há um fear of missing out – FOM (medo de estar de fora de algo); dos mais quietos aos mais foliões, todos querem fazer uma viagem, ir a uma festa, escapar do mundo, pois há uma efemeridade no carnaval que sempre achei difícil de explicar para os gringos.
E nesse elixir de sentimentos, esquecemos que o dia a dia está acontecendo com coisas cruciais para o Brasil, ou seja, para nós e até para o nosso carnaval. Então, antes que eu perca o leitor no segundo parágrafo, vou dar a conclusão aqui mesmo: a Reforma da Previdência não pode ser um amor de carnaval, não pode ser efêmera. Reformas neste momento significam fluxo de investimentos para o Brasil, crescimento econômico e, portanto, taxa de câmbio baixa. Em poucas palavras, estamos com um problemão das contas fiscais em uma trajetória de alta da dívida bruta. Uma reforma da previdência robusta (a proposta enviada pelo governo sugere uma economia de R$ 1,1 trilhão em 10 anos), inverteria essa trajetória, fazendo com que tivéssemos novamente um “selo” de grau de investimentos dado pelas agências de ratings, e teríamos uma enxurrada de investimentos no Brasil, além de melhores condições de crescimento econômico.
Porém, o lado “b” da história é que só teremos os louros dessa reforma no próximo carnaval. Sem querer tirar o clima de alegria embutido no oxigênio desta semana, precisamos ter em mente que a Reforma da Previdência tomará, no melhor dos cenários, os próximos nove meses do noticiário relevante. Isso porque, dada sua importância e sua complexidade, dificilmente não levará “pitacos” em todas as instâncias pelas quais passará sua aprovação.
Dito isso, vou dividir aqui com vocês todos os passos necessários para a aprovação da Reforma da Previdência. Para facilitar o (meu) entendimento, dividi a aprovação em 7 passos – leitores advogados, já antecipo minhas desculpas por qualquer omissão e aguardo sugestões:
Cansou? Pois então, sugiro recuperar o fôlego nesse carnaval, seja na folia, seja em frente à Netflix, e se preparar porque nos esgotaremos de falar sobre as reformas. E já adianto que entre cada passo acima, teremos intervalos: ora o cenário externo refletindo nos mercados locais; ora teremos momentos de dúvidas se vai dar certo. O que sugere bastante volatilidade. Bastante. Mas, meus amigos carnavalescos, reformas neste momento significam fluxo de investimentos para o Brasil, crescimento econômico e, portanto, taxa de câmbio baixa. Então, acredito que vai valer a pena. Boa folia para todos!
Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.
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