Rumo do câmbio nesta semana

CAUSA: O mercado parece estar em compasso de cautela nesta semana, na expectativa de como virão os dados do mercado de trabalho nos EUA, sobretudo o payroll cuja divulgação poderá sofrer atrasos por conta da greve do governo americano. Isso porque só fala sobre o futuro da taxa de juros nos EUA e esse indicador é um dos mais relevantes aos olhos do Banco Central Americano, o Fed. Se tivermos um dado mais forte, mostrando um mercado de trabalho americano mais fortalecido, a probabilidade do Fed continuar (ou até mesmo intensificar) a queda dos juros reduz, e isso é negativo para as moedas emergentes. Mas o contrário também é verdadeiro. Então, até lá, é possível que a cautela deva continuar. Além disso, está no radar uma reunião entre os presidentes Lula e Trump ainda nesta semana. Evento de extrema importância para a relação diplomática entre os países e que, com certeza, deve impactar o comportamento do câmbio ao longo da semana.

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CONSEQUÊNCIA: Caso o payroll venha mais forte e reforce a visão de resiliência do mercado de trabalho nos EUA, o dólar tende a ganhar fôlego globalmente, pressionando moedas emergentes como o real e podendo elevar a aversão ao risco no curto prazo, além de pressionar os indicadores de inflação. Por outro lado, se o indicador sinalizar perda de ritmo, aumenta o espaço para cortes mais agressivos de juros pelo Fed, cenário que favorece fluxos para ativos de risco e pode sustentar uma valorização das moedas emergentes. Além disso, qualquer sinal positivo da reunião entre Lula e Trump tem potencial de reduzir ruídos políticos e melhorar a percepção sobre o Brasil, adicionando algum alívio ao câmbio.

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