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16/10/25

Do Pix ao crossborder: o que vem por aí no mundo dos pagamentos

Por

Michele Loureiro

O Brasil viveu, nos últimos anos, uma verdadeira revolução no setor financeiro com a chegada do Pix. Desde o seu lançamento pelo Banco Central em 2020, o sistema de pagamentos instantâneos já superou a marca de 160 milhões de usuários cadastrados e movimentou mais de R$ 23 trilhões apenas em 2024, segundo dados do próprio Bacen. Essa adesão massiva colocou o país na vanguarda da inovação em meios de pagamento, tornando o Pix referência mundial.

Mas, depois dessa transformação, a pergunta que se impõe é: quais são os próximos passos na evolução dos pagamentos no Brasil e no mundo?

Para Pedro Guimarães, superintendente de Produtos do Ouribank, a resposta passa pela combinação de novas funcionalidades domésticas com o avanço da integração internacional. “No Brasil, veremos a consolidação do Pix Automático, além da expansão do Open Finance, que deve ganhar força com soluções apoiadas em inteligência artificial e interfaces conversacionais”, diz. Ao mesmo tempo, ele avalia que cresce a expectativa pela regulamentação de ativos virtuais, especialmente stablecoins, que podem ser utilizadas como meio para pagamentos internacionais.

Tendências globais que moldam o setor

Enquanto o Brasil avança no Pix e no Open Finance, o cenário global revela tendências que podem transformar radicalmente o setor nos próximos anos. O uso de stablecoins, por exemplo, cresce em ritmo acelerado: o volume total de transferências atingiu US$ 27,6 trilhões em 2024, superando, pela primeira vez, a soma das movimentações de Visa e Mastercard, segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial. Esse movimento deve ganhar ainda mais força com a regulamentação do mercado nos Estados Unidos e em países emergentes, incluindo o Brasil.

O Banco Central já realizou uma consulta pública referente a regulamentação de ativos virtuais e a expectativa é que seja publicada ainda esse ano. A regulamentação deve promover a entrada de players tradicionais nesse mercado, acelerando a adoção das stablecoins localmente.

Outro ponto em debate é o papel das moedas digitais de bancos centrais (CBDCs). Embora mais de 130 países já explorem a tecnologia, ainda não há um case global de sucesso. No Brasil, o Drex foi adiado e deve iniciar com uma aplicação mais restrita, voltada para garantias em operações de crédito, sem a utilização imediata da blockchain. “É provável que as CBDCs façam parte de um ecossistema em construção, mas no curto prazo as stablecoins devem ser os protagonistas”, avalia Pedro.

Inovação com segurança e clareza regulatória

O avanço tecnológico, no entanto, precisa caminhar junto com a segurança e a regulação. Nesse sentido, o Ouribank atua de forma ativa em entidades como a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM) e a Febraban, além de participar de fóruns e discussões com o Banco Central, colaborando para o desenvolvimento de regras claras que garantam previsibilidade e proteção ao mercado.

“Acompanhamos de perto a evolução da regulamentação sobre ativos virtuais e sua aplicação no mercado de câmbio. Nosso compromisso é oferecer sempre soluções seguras, ágeis e competitivas para empresas e parceiros internacionais”, reforça Pedro.

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A fronteira do crossborder

Se dentro do país o Pix já é consolidado, o desafio agora é ampliar sua conexão com o mundo. As transações internacionais ainda enfrentam custos elevados, prazos longos e barreiras de interoperabilidade entre sistemas de pagamento. Nesse cenário, soluções que combinem pagamentos instantâneos com liquidação crossborder se tornam cada vez mais urgentes.

“O mercado já mostra uma demanda real por pagamentos internacionais de baixo custo e instantâneos. Nossa estratégia é oferecer aos players globais acesso ao Pix para que possam realizar pagamentos e recebimentos no Brasil com agilidade e segurança, ao mesmo tempo em que apoiamos empresas de e-commerce e de meios de pagamento internacionais na expansão de suas operações”, explica Pedro.  

O executivo destaca ainda que o Ouribank disponibiliza câmbio com liquidação em menos de um minuto, por meio de conexão via API, reforçando sua vocação como parceiro especializado em soluções internacionais. Para se ter uma ideia, o banco realiza milhares de operações por dia, o que coloca o banco como destaque entre as instituições financeiras e do mercado de câmbio.

Nesse cenário, o Ouribank se posiciona como um parceiro estratégico para empresas que buscam expandir suas fronteiras. “O futuro será marcado pela velocidade, pelo baixo custo e pela integração entre diferentes mercados e redes de pagamentos. É isso que o Ouribank busca entregar: um ecossistema conectado, seguro e eficiente para que empresas possam prosperar no Brasil e no mundo”, conclui Pedro.

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