
Por
Michele Loureiro
O início de cada ano costuma ser um teste de resistência para o caixa das empresas brasileiras. Entre pagamentos sazonais, ajustes de estoque e encargos trabalhistas, janeiro se tornou um dos meses de maior pressão financeira para pequenos e médios negócios. Para muitas delas, o acesso a crédito rápido, flexível e eficiente faz a diferença entre atravessar o trimestre com tranquilidade ou enfrentar apertos desnecessários. Nesse cenário, a antecipação de recebíveis assume o papel de protagonista no planejamento financeiro de 2026, consolidando-se como uma das soluções mais buscadas para garantir liquidez imediata com previsibilidade.
Uma pesquisa da Serasa Experian realizada em 2024 mostrou que 38% das micro, pequenas e médias empresas já consideram essa a sua modalidade de crédito preferida, superando alternativas tradicionais por oferecer previsibilidade e liquidez imediata. Relatórios do setor financeiro indicam que a demanda pela antecipação cresce, em média, 25% a 30% ao ano, impulsionada especialmente por empresas que dependem de flexibilidade no fluxo de caixa para enfrentar sazonalidades, honrar compromissos e aproveitar oportunidades comerciais.
Segundo Izzy Politi, diretor comercial do Ouribank, a antecipação tem despontado como a alternativa mais estratégica por três razões: previsibilidade de custos, rapidez na liberação e melhor equilíbrio do fluxo de caixa. Como o custo da operação é vinculado ao risco dos próprios recebíveis — e não ao limite de crédito total da empresa —, as condições tendem a ser mais competitivas do que as de um capital de giro tradicional. “É uma forma inteligente de reforçar liquidez sem elevar o nível de endividamento formal no balanço”, explica.
Para empresas que possuem vendas parceladas, duplicatas performadas ou contratos a receber, a antecipação permite transformar receita futura em capital imediato, o que reduz a dependência de operações emergenciais e protege o planejamento financeiro. A busca pela modalidade também reflete um amadurecimento das pequenas e médias empresas, que passaram a organizar seus compromissos de janeiro com mais antecedência. “O que vemos é uma mudança de postura: o cliente não espera mais o aperto para buscar crédito. Ele planeja e antecipa movimentos para atravessar o trimestre com previsibilidade”, afirma o executivo.
O ano de 2026 começa com um ambiente econômico que inspira cautela. Juros ainda elevados e dúvidas sobre o ritmo de cortes da taxa básica exigem das empresas uma gestão de caixa mais criteriosa. O Ouribank tem orientado seus clientes a simularem diferentes cenários de juros e a reforçar liquidez no fim do ano anterior, usando linhas de curto prazo de forma estratégica. “Em momentos de incerteza, a disciplina financeira é tão importante quanto a velocidade de acesso ao crédito”, diz Politi. Ele explica que fontes de custo mais previsível, como a antecipação de recebíveis, reduzem a exposição das empresas às oscilações econômicas.
Nas primeiras semanas do ano, alguns setores tendem a sentir de imediato a necessidade de crédito. O varejo precisa recompor estoques após o pico de dezembro; escolas, clínicas e serviços enfrentam despesas elevadas, folha de pagamento e manutenção; indústrias de bens de consumo precisam manter produção para abastecer a cadeia. Por outro lado, segmentos com ciclos mais longos ou receita recorrente podem usar o início do ano para expandir. Tecnologia, agronegócio, serviços B2B e empresas com contratos previsíveis aproveitam o momento de menor disputa por crédito para investir em automação, modernização ou ampliação de capacidade.
Dentro desse ambiente, outras linhas do Ouribank também ganham espaço — ainda que a antecipação seja a mais procurada em janeiro. O capital de giro segue essencial para quem precisa de prazos mais longos para organizar despesas, enquanto a conta garantida funciona como uma reserva de liquidez para momentos pontuais de necessidade.
Em setores que operam com variações de preço e oportunidades de compra, como comércio e distribuição, os créditos para estocagem e compras estratégicas ajudam a capturar margens maiores. E, nos segmentos que planejam crescimento, o financiamento de investimentos se mostra vital para modernização de equipamentos e ganho de eficiência. “Cada linha tem seu papel, mas o ponto central é garantir que o cliente tenha a solução certa para o momento certo”, resume Izzy.
No Ouribank, esse movimento se traduz em uma atuação cada vez mais próxima das empresas, com foco em leitura de cenário e soluções personalizadas que vão além da oferta de crédito. O banco trabalha de forma consultiva para entender as particularidades de cada negócio — sua sazonalidade, estrutura de recebíveis, ciclos de venda e perfil de risco — e, a partir disso, desenhar combinações de produtos que sustentem não apenas a necessidade imediata de caixa, mas a estratégia financeira de médio e longo prazos.
Na prática, isso significa integrar ferramentas como antecipação de recebíveis, capital de giro, conta garantida, linhas para estocagem, financiamentos de investimento e soluções de câmbio e pagamentos, formando um portfólio que permite ao cliente equilibrar liquidez, previsibilidade e competitividade. Para Politi, a visão integrada é determinante num momento de cautela fiscal e crédito mais seletivo. Ele resume: “Quando a empresa conhece seu fluxo, organiza suas necessidades e usa crédito de forma estratégica, ela transforma um mês pressionado em uma oportunidade de fortalecer a própria operação”.
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