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20/1/23

6 dicas para quem deseja importar da China

Por

Michele Loureiro

O mercado varejista tem a China como um importante parceiro comercial e as importações não são exclusividade das grandes corporações.

Para ajudar os importadores de todos os portes, o Blog Ourinvest ouviu especialistas em comércio exterior e selecionou seis dicas para quem quer ter um melhor desempenho na hora de comprar produtos da China. Confira a seguir:

1- Antecedência e planejamento

“Planejamento é a chave para importar tranquilamente. Os comerciantes que quiseram vender no Natal já importaram seus produtos em maio. Esse é o tempo que leva entre a produção do item e o envio ao Brasil. A importação pensada para datas sazonais como Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Black Friday devem ser feitas com antecedência de 6 meses”, diz Rodrigo Giraldelli, CEO e fundador da consultoria China Gate.

2- Pesquise preços

A diferença no preço dos produtos pode ser expressiva e significar a diferença entre lucro e prejuízo no seu negócio. Por isso, pesquisar os valores é fundamental. Giraldelli diz que o Alibaba, portal de compras B2B, é um importante aliado nessa busca. “O portal vende em um dia oque a internet brasileira vende durante um ano. Não é possível ignorar a forçado Alibaba para pesquisar produtos que podem ser importados. Invista um tempo para pesquisar e avaliar fornecedores. Com essa pesquisa de mercado, você terá bons resultados na sua importação”, diz.

3- Simulação de custos

Após pesquisar os produtos do seu interesse, o importador precisa fazer uma simulação dos custos, pois os valores logísticos podem inviabilizar a compra.

Além disso, ajustes na quantidade podem alterar o valor unitário. Afinal, quanto mais se importa, menor é o valor unitário por produto. “Geralmente, os produtos chegam ao Brasil pelo dobro do preço, mas isso é uma estimativa, já que produtos mais volumosos costumam pagar mais frete. A tributação para importação no Brasil é feita pela soma do produto + frete”, explica.

4- Fuja das marcas famosas

“Muitos empresários imaginam que importar produtos de marcas famosas é uma boa estratégia, porque já são conhecidas pelo consumidor e contam com um marketing em cima do produto, mas não é necessariamente assim. Isso inviabiliza o pequeno importador ou quem está começando com importação”, diz Giraldelli.

Ele diz que pode ser interessante criar uma marca própria para o negócio. “Isso é mais fácil do que a maioria das pessoas pensam. Os chineses estão acostumados a colocar marca no produto, na embalagem e isso, sem dúvida, é a melhor das dicas para quem deseja começar com importação de produtos da China - já que será um diferencial. Essa estratégia faz o importador sair da guerra de preços, além de ter a possibilidade de um lucro maior. Vale lembrar, contudo, que esse é um processo de médio a longo prazo, que dura em torno de uma década. É mais difícil vender no início, mas de cara é mais lucrativo”, ressalta Giraldelli.

5- Hedge cambial

O empresário deve levar em conta que a oscilação do câmbio é uma certeza do negócio. Uma das opções para assegurar o desempenho é o hedge cambial, ferramenta criada para proteger as empresas das flutuações do câmbio. Com o hedge é possível fixar as cotações futuras e ajudara reduzir o risco de uma forma eficiente e segura, além de reduzir os custos operacionais.

Na prática, funciona assim: imagine um empresário que importa eletrônicos e decide comprar um lote de calculadoras para revender os produtos no Brasil. No momento da intenção da compra, o câmbio é de R$ 5,10 e o preço acertado é de US$ 1 dólar por equipamento. Seguindo um planejamento, ele venderá cada calculadora no Brasil por R$ 10 e terá uma margem de R$ 4,90 para arcar com custos locais e conseguir seu lucro.

Contudo na data da entrega das calculadoras e do pagamento, o câmbio oscilou para R$ 5,80. Imediatamente, o valor da margem cai para R$ 4,20 e isso pode comprometer a lucratividade do negócio, tendo em vista todos os custos da operação. Justamente para evitar esse tipo de surpresa indesejada há o hedge cambial.

Na ocasião da importação de produtos é possível solicitar o travamento do câmbio na data escolhida. “A ideia é que o cliente jogue fora essa variável que é a taxa cambial e se preocupe em comprar e vender seus produtos”, diz Bruno Foresti, superintendente de Câmbio do Ouribank.

6- Financiamento para importação

Inúmeras variáveis precisam ser analisadas por quem importa mercadorias para o Brasil. Além da questão macroeconômica global, os empresários brasileiros ainda precisam lidar com questões como competitividade, mão de obra, tributos e com a estratégia de negócio. Por isso, contar com ferramentas que auxiliam na hora de importar produtos é fundamental. Uma delas é o Finimp (Financiamento à Importação), como o próprio nome já diz é uma linha de financiamento à importação em moeda estrangeira.

Funciona da seguinte maneira: depois do embarque das mercadorias no exterior, o exportador já recebe o pagamento à vista e o importador tem a opção de realizar o pagamento em até 180 dias para a instituição de crédito escolhida, por meio de um contrato de cessão de recebíveis.

No Ouribank há uma equipe especializada em compreender a necessidade de cada negócio e ajudar nas fases de importação e de recebimentos.

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