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22/9/22

5 passos para abrir uma casa de câmbio no Brasil

Por

Michele Loureiro

Seja para turismo, compra de serviços ou bens no exterior, operações entre companhias ou para importar e exportar produtos, a necessidade de compra e venda de moedas é constante.

Para ajudar os bancos nessa missão, os correspondentes cambiais têm um papel importante como facilitadores dessas transações e capilarização do atendimento.

É nesse contexto que aparecem as casas de câmbio. Os correspondentes cambiais funcionam de forma estratégica para os bancos, pois permitem alcançar mercados que dificilmente seriam atingidos, além de dinamizar as operações.

Segundo dados do Banco Central, o número de correspondentes cambiais no Brasil saltou 34% entre 2021 e o compilado de 2022 até o mês de agosto. Foram abertos 1.712 pontos no período, totalizando 4.981 locais autorizados a operar câmbio no Brasil.

Mas, afinal, como funciona o processo para abrir uma casa de câmbio? O Ouribank, que é referência em câmbio há mais de quatro décadas e conta com uma ampla rede de estabelecimentos credenciados, preparou uma lista com 5 passos para ajudar quem deseja abrir uma casa de câmbio no Brasil. Confira a seguir:

1- Contato com o parceiro

O primeiro passo é contatar o Ouribank e sinalizar o interesse em abrir uma casa de câmbio. “Depois da formalização do interesse por e-mail, vamos realizar uma entrevista com a equipe que atuará na loja, analisar a viabilidade da operação e as questões de compliance”, diz Bruno Foresti, superintendente de Câmbio do Ouribank. Em seguida é feita uma visita ao ponto físico para comprovar que as necessidades específicas serão atendidas.

2- Ponto físico

Para ter uma casa de câmbio, o interessado só precisa se preocupar com o investimento na questão física de atendimento a clientes. Lembrando que não é necessária uma estrutura exclusiva. Pode ser uma papelaria, um escritório e até um comércio tradicional, desde que haja adaptação para que uma parte do espaço seja blindado, com acesso para carro-forte, monitoramento por câmeras e clausura para que sejam feitas as operações.

3- Regulamentação

O Ouribank começou a desenhar o programa de expansão de correspondentes cambiais em setembro de 2018 e já tem todas as questões sistêmicas e regulatórias dentro das normas, com centenas de unidades em operação.

Fica por conta do banco, que será o responsável pelo correspondente cambial, cuidar da regulamentação junto ao Banco Central para atuar no mercado de câmbio.

Além disso, o Ouribank é responsável pela instalação de um sistema próprio e realiza treinamento dos funcionários em aspectos como atendimento, prospecção de clientes, produtos e prevenção à lavagem de dinheiro. Questões como seguro da loja também são indicadas pelo banco.

4- Definição do portfólio

Em um cenário onde todas as adequações estão corretas demora cerca de 45 dias para que a operação comece a funcionar, de acordo com Bruno. Com a loja aberta começam as remessas de dinheiro para a efetiva abertura do ponto. “Além de compra e venda de moeda, os correspondentes também podem oferecer outros serviços do banco, o que aumenta a rentabilidade”, explica Bruno.

Há cerca de 30 moedas na prateleira do banco, a maior quantidade disponível no mercado. Desde as clássicas, como dólar e euro, como algumas mais excêntricas, como libra egípcia e lira turca.

5- Encontrar clientes

Depois dos passos anteriores, é hora de buscar os clientes. Um dos exemplos é Cristiane de Oliveira, correspondente cambial do Ouribank, desde novembro de 2018. Com experiência de 16 anos no mercado financeiro, ela passou por outros parceiros comerciais até fechar o contrato atual. “Percebo o tempo de resposta muito rápido com um sistema padronizado e fácil de trabalhar”, diz.

É importante ressaltar que a casa de câmbio pode fazer operações de maneira autônoma nas operações até 3 mil dólares, que respondem por cerca de 95% da demanda do mercado.

“Acima desse valor o estabelecimento pode indicar para o banco, que entrega e paga uma comissão. Na prática, o correspondente consegue trabalhar com qualquer valor”, afirma Bruno.

O modelo de negócio do banco não cobra tarifas fixas do correspondente. O pagamento é feito em cima de um percentual do faturamento. Além disso, o parceiro paga o custo do sistema mensalmente. “Temos custos de moeda competitivos e somos o maior player do mercado”, finaliza o executivo.

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