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Os exportadores e importadores que buscam soluções para obter fluxo de caixa não podem deixar de conhecer dois termos: forfaiting e factoring, operações que balizam financiamentos para o comércio internacional. Enquanto no Brasil temos ferramentas locais, chanceladas pelo Banco Central, como Finimp (Financiamento à Importação), ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) e ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues), no mercado internacional existem outros mecanismos como o forfaiting e factoring, que agregam outros serviços ao financiamento, como cobertura de risco de crédito e cobrança internacional. No Ouribank, todos esses conceitos são usados para oferecer um mix de produtos e soluções mais completas aos clientes.
Mas, afinal, como o forfaiting e o factoring funcionam? Eles são produtos de financiamento de importação ou exportação em que a operação acontece pela compra do direito creditório, via cessão de crédito da fatura comercial ou endosso de saque internacional. São normalmente operações sem direito de regresso, ou seja, o banco além de financiar toma o risco da cobrança.
Por exemplo, uma empresa que exportou produtos para a China pode vender esse crédito ao banco e assim receber um adiantamento do cambial dessa exportação. A mesma lógica vale para a importação. Quando uma companhia compra produtos dos Estados Unidos, por exemplo, e precisa pagar à vista a mercadoria, o banco em questão pode quitar a fatura junto ao fornecedor contra a cessão do crédito e dar mais prazo para a empresa. Em resumo, essas ferramentas servem para ajustar o fluxo de caixa ao ciclo de produção das empresas e também viabilizar negócios, garantindo ao fornecedor o recebimento à vista do cambial da exportação.
João Costa Pereira, head de Trade Finance do Ouribank, explica que as operações de forfaiting e factoring internacional podem ser feitas tanto para exportadores quanto para importadores. “No caso do forfaiting, a operação é feita tendo por lastro a negociação de um instrumento financeiro, como um saque internacional (Bill of Exchange), emitido e cedido ao banco pelo exportador e aceite pelo importador que pagará ao banco no vencimento acordado”, diz João. Essa modalidade é muitas vezes usada para bens de investimento e pode até ser utilizada em operações de médio e longo prazo.
Já a factoring internacional é um processo mais simples, tendo por lastro a mera cessão do crédito da fatura de exportação ou importação e é mais focada em vencimentos de curto prazo e fornecimentos rotativos. “É uma simples cessão do crédito para o banco com base em uma transação internacional performada. Como se fosse um desconto de duplicata no mercado nacional, para simplificar a explicação”, diz o executivo.
Não há limites mínimos e máximos para as transações. O que define o limite de crédito é um conjunto de variáveis, como o histórico de performance das transações, a qualidade de crédito tanto do importador como do exportador, a origem e o destino das mercadorias que compõem a lista avaliada pelo banco na hora de aprovar as operações.
Para atender os clientes de comércio exterior, o Ouribank fez uma junção dessas ferramentas. “Desenhamos dois produtos para trabalhar com as empresas brasileiras, o ACE Ourinvest e o Finimp Ourinvest. Assim, incorporamos aos tradicionais ACE e FINIMP as características observadas no mercado internacional nos produtos de factoring e forfaiting, agregando serviços e valor para o cliente”, explica João.
No Finimp Ourinvest, voltado para importadores, algumas características de forfaiting foram incluídas. O lastro da operação é a cessão do crédito ou o endosso do saque, permitindo que o banco financie a importação sem exigência de outras garantias. “Ao contrário de outros bancos, no Ourinvest nós olhamos para a qualidade da transação de importação e não pedimos outras garantias”, afirma o executivo.
No ACE Ourinvest, direcionado para os exportadores, foram adicionadas características de factoring internacional agregando serviços de análise de crédito, cobertura de riscos e cobrança internacional da exportação. Além do financiamento, as empresas têm cobertura de risco de crédito. “Nós tomamos o risco da cobrança porque temos capacidade de fazer análise em mais de 90 países e garantir que o pagamento seja feito. Podemos dar o conforto que o cliente vai receber e dessa forma conseguimos viabilizar o crescimento dos negócios de exportação. O objetivo é que o nosso cliente consiga exportar mais e em segurança.”, destaca.
Ambos os produtos criados pelo Ouribank vão muito além do financiamento. Normalmente, o cliente busca fluxo de caixa, mas o diferencial do banco é agregar outros serviços, entender a operação do cliente e viabilizar o negócio sem exigir garantias adicionais.
João explica que em uma mesma transação é possível fazer o financiamento; a cobrança internacional de terceiros, com base em análise de crédito, e também tratar de risco de câmbio por meio da contratação de hedge cambial, que protege os clientes de oscilações de câmbio. “Vivemos uma retração global e a chance de ter problemas de pagamentos internacionais existe. Por isso, além dos financiamentos, nossos serviços de análise de risco e garantia de cobrança são muito importantes para quem pretende crescer nas exportações”, finaliza João.
Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.
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