Por
Michele Loureiro
Segundo um levantamento exclusivo feito pelo Ministério da Economia a pedido do Ouribank, o Brasil faz parte de 20 acordos comerciais ativos que envolvem reduções tarifárias de bens. Nesse total não foram considerados os acordos comerciais obsoletos ou que tratam somente de temas não tarifários.
Os acordos abrangem diversas áreas, de comércio de bens e serviços à propriedade intelectual, e são ferramentas importantes para estreitar relações e impulsionar negócios de exportadores e importadores brasileiros.
De acordo com o levantamento, os acordos comerciais com maior volume de operações de comércio são Mercosul, Brasil-Argentina e Mercosul-Chile, respectivamente. A informação reforça a importância das parcerias na América Latina, mas por outro lado expõe oportunidades de crescimento em novos mercados.
Segundo Daniel Hirschmann, da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, quando entrar em vigor, o acordo entre Mercosul e União Europeia deve compor a lista dos mais importantes para o Brasil.
“Ele criará uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, integrando o Brasil a mais de 25% do PIB mundial e 780 milhões de consumidores”, afirma.
Em 2019, a corrente de comércio entre Brasil e UE foi de mais de US$ 64 bilhões. O Ministério da Economia estima aumento de R$ 500 bilhões no PIB em um intervalo de 15 anos e de cerca de R$ 1 trilhão em importações e exportações no período.
Hirschmann explica que o comércio exterior é uma das linhas condutoras do processo de reformas estruturais da economia brasileira, que visa garantir a sustentabilidade do crescimento econômico através do aumento da eficiência econômica e do crescimento da produtividade.
“A maior inserção da economia brasileira no comércio internacional por meio da negociação de acordos comerciais permite o acesso das empresas nacionais a insumos e tecnologias e aumenta a concorrência no mercado doméstico, com estímulos à inovação e à produtividade”, diz.
Para o Ministério da Economia, esse processo implica em aumento da competitividade das empresas domésticas nacionalmente e nos mercados estrangeiros e proporciona oferta de produtos mais baratos e mais variados aos consumidores brasileiros.
“A eliminação do Imposto de Importação dos bens comercializados e as regras de origem negociadas favorecem a maior integração da economia brasileira às cadeias de valor”, destaca Hirschmann.
Os acordos preveem ainda maior abertura, transparência e segurança jurídica nos mercados de serviços, investimentos e compras governamentais, bem como redução de barreiras não tarifárias e consolidação de agenda de boas práticas regulatórias, além do estabelecimento de disciplinas modernas na área de facilitação de comércio e propriedade intelectual, entre outros temas.
Segundo o Ministério da Economia, o último acordo firmado pelo Brasil foi o Acordo de Complementação Econômica Nº 74 entre Brasil e Paraguai, referente ao setor automotivo, em 11 de fevereiro de 2020.
No que se refere a negociações com novos parceiros, o Brasil em conjunto com o Mercosul, está negociando acordos de livre comércio com Canadá, Coreia do Sul, Singapura e Líbano.
“Além disso, participamos de diálogos exploratórios com países da América Central e Caribe, Indonésia e Vietnã para eventual lançamento de negociações”, diz Hirschmann.
A lista de produtos importados e exportados por empresas brasileiras é imensa e vai desde sementes até itens tecnológicos. Cada acordo possui suas particularidades e concede benefícios tarifários diferentes. Por isso, não há uma fórmula pronta para conseguir vantagens a partir de acordos econômicos.
Tudo dependerá do nicho de atuação da companhia, do volume de negócios e dos destinos pretendidos. Por isso, contar com assessoria é fundamental para as empresas que praticam comércio exterior. Além de compreender as regras de cada acordo, questões como câmbio, hedge cambial e verificação internacional de fornecedores também fazem a diferença na hora das transações internacionais.
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No âmbito do Mercosul, também foram concluídas em 2019 as negociações de acordos de livre comércio com União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA).
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