Por
Michele Loureiro
Em janeiro de 2020, o dólar estava no patamar dos R$ 4. A pandemia ainda não era conhecida, a vacina não era pauta diária, a política internacional ainda não tinha vivido tantas emoções com a guerra comercial entre China e Estados Unidos e o Brasil ainda não sabia das dificuldades políticas e econômicas que estavam por vir. Um pouco mais de um ano depois, o cenário mudou muito e o dólar agora transita na faixa dos R$ 5,70.
A falta de previsibilidade tem sido uma constante que impacta diretamente na taxa de câmbio. Afinal, como saber o que acontecerá nos próximos meses e se proteger disso? Justamente por não haver como prever os acontecimentos futuros, contar com ferramentas que ajudam a proteger nosso patrimônio é essencial.
Há muitos anos empresas importadoras e exportadoras, que negociam seus produtos em moeda estrangeira, realizam o chamado hedge cambial para travar a taxa de câmbio e garantir previsibilidade nos negócios e, o mais importante, a margem de lucro.
Nos últimos meses, as pessoas físicas também têm observado as grandes oscilações das moedas e a desvalorização do Real e procurado o hedge para proteger suas transações internacionais. Você sabe como essa ferramenta funciona? O Ouribank, especialista em câmbio há mais de 40 anos, te ajuda a compreender o hedge cambial para pessoa física. Confira a seguir:
A ferramenta foi criada por agentes financeiros, como o Ouribank, para proteger as empresas das flutuações do câmbio. Ela oferece a possibilidade de fixar as cotações futuras e ajuda a reduzir o risco cambial de uma forma eficiente e segura, além de diminuir os custos operacionais.
“A mesma lógica é aplicada para pessoas físicas que precisam fazer transações no exterior”, explica Erez Chalom, Head de Pessoa Física do Ouribank.
Segundo Chalom, há algumas situações comuns em que o hedge pode ser usado por pessoas físicas, tanto para aproveitar a alta quanto a baixa da moeda. O intuito é que haja previsibilidade.
Por exemplo, pais que mantém filhos no exterior e precisam pagar a mensalidade do colégio ou da faculdade. “Uma mensalidade de US$ 10 mil por ano pode custar R$ 40 mil ou R$ 60 mil, não há como prever qual será a cotação do dólar no momento do pagamento. Por isso, esse cliente pode contratar um hedge, fazer uma trava, e saber exatamente quanto vai desembolsar com a educação do filho. É possível ter previsibilidade”, diz.
O hedge também pode ser usado para pagamento de cursos rápidos, compra de imóveis no exterior, obras de arte, serviços e outras frentes, até mesmo viagens. “Quem não quer fazer uma aposta e correr o risco de esperar a cotação do dólar pode fazer o hedge”, diz o executivo.
O hedge para pessoa física também é uma oportunidade para quem quer aproveitar a alta da moeda. Por exemplo, clientes que possuem recursos e investimentos no exterior e gostariam de realizar uma repatriação podem travar a taxa de câmbio em patamar elevado e ampliar os ganhos.
Na prática, descontando eventuais descontos e impostos, um investidor trazendo US$ 500 mil ao Brasil com uma taxa travada em R$ 5,70 consegue ampliar seus ganhos em R$ 100 mil do que se fizesse a transação em uma taxa não programada de R$ 5,50, por exemplo.
O custo do hedge depende da taxa do dólar comercial no momento do fechamento do negócio, do valor transacionado e do prazo da operação.
É impossível prever a cotação do dólar no curto, médio e longo prazo. A taxa de câmbio depende de inúmeras variáveis para se formar, desde o cenário internacional, a fuga de capital estrangeiro, o cenário político e econômico nacional, até uma eventual tragédia global como a pandemia. Por isso, é muito delicado contar com a sorte de que a taxa seja a que você deseja.
Vamos a um exemplo prático. Uma família que decide investir em um imóvel fora do país e precisa pagar US$ 50 mil por ano vai gastar R$ 15 mil a mais se a taxa de câmbio oscilar de R$ 5,30 a R$ 5,60. O valor sobe para R$ 30 mil se o dólar chegar aos R$ 5,90, como já aconteceu. “O custo do hedge é muito menor do que a volatilidade da moeda e traz tranquilidade”, destaca Bruno Foresti, especialista de Hedge no Ouribank.
O Ouribank trabalha com operações personalizadas. O valor base é de US$ 50 mil por ano, mas Bruno explica que cada transação pode ser avaliada individualmente.
Dólar e Euro são as moedas mais usuais, mas os especialistas do banco estão preparados para atender todas as necessidades particulares.
A trava de câmbio pode ser feita por até um ano, ou seja, por até 12 meses é possível garantir o valor da moeda sem nenhuma oscilação excedente ao total contratado no fechamento da transação. Caso haja necessidade de prazo adicional é possível negociar com os especialistas do Ouribank.
A aprovação das operações de hedge cambial para pessoas físicas é a mais rápida do mercado. “Geralmente acontecem em até um dia e não há necessidade de apresentar recibo de compra do exterior, por exemplo”, diz Chalom.
“Além disso, como somos especialistas em câmbio, temos pessoal qualificado para auxiliar em cada transação e encontrar a melhor solução para cada negócio”, finaliza o executivo.
Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.
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