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6/9/23

Estratégias de proteção cambial para parceiros

Por

Michele Loureiro

Com o objetivo de auxiliar seus mais de 550 correspondentes cambiais a oferecerem os melhores produtos aos clientes, o Ouribank realizou uma live sobre o cenário macroeconômico focado em câmbio, que é “uma das variáveis mais difíceis de se projetar”, de acordo com Cristiane Quartaroli, economista do Ouribank.

Analisar o cenário global é o primeiro passo para compreender o comportamento da taxa de juros no Brasil. Embora os bancos centrais de algumas economias desenvolvidas tenham adotado uma postura mais branda, sinalizando que o ciclo de aperto monetário pode estar próximo do fim, ainda existem dúvidas sobre o desempenho de economias importantes, como China e Estados Unidos.

“Se os Estados Unidos voltarem a subir os juros, isso tende a ser negativo aqui devido à redução do ingresso de fluxo de capital. Na China, há preocupação com o crescimento, e as projeções foram revisadas para baixo, mesmo com estímulos governamentais. Se a China não cresce, importa menos, o que afeta países exportadores como o Brasil, impactando os preços das commodities e a taxa de câmbio”, explica Cristiane.

Enquanto isso, os bancos centrais das economias emergentes sinalizam o fim do ciclo de aperto monetário. No Brasil, por exemplo, já se teve uma taxa de juros de 13,75%, e agora o país vive um momento de redução. “Espera-se um impacto positivo com juros mais baixos por aqui, como a melhora no acesso ao crédito, no nível de crescimento e na diminuição do desemprego. A tendência é que isso impulsione a imagem do nosso país e reflita positivamente no comportamento do câmbio, com previsão de uma Selic em queda até o final de 2024”, afirma.

Contudo, nem todas as notícias são positivas no Brasil. A questão fiscal é um ponto de alerta. “O mercado aguarda para ver como será o funcionamento do novo arcabouço, e há expectativa em relação a temas como reforma ministerial, administrativa e tributária. Isso gera aversão ao risco e pode impulsionar volatilidade no câmbio”, esclarece a economista.

Para ela, é difícil afirmar para qual lado abalança penderá, mas é possível traçar cenários. “Hoje estamos com o câmbio mais próximo de R$ 5,00. A preocupação com um menor crescimento chinês, juros altos por mais tempo nas economias desenvolvidas e reformas estagnadas no Brasil pode levar a projeções de taxa de câmbio mais altas, algo em torno de R$5,10 a R$ 5,20”, diz.

Por outro lado, a perspectiva positiva leva em consideração a queda de juros no Brasil. “Um maior crescimento interno, aliado a uma possível pausa no aumento de juros nas economias desenvolvidas, poderia levar a taxa de câmbio para algo entre R$ 4,60 e R$ 4,85 até o final do ano. O fato é que há muita volatilidade nesse período, e as notícias fazem a taxa oscilar”, comenta Cristiane.

Dada a análise, a estratégia do Ouribank é recomendar que os correspondentes cambiais ofereçam ferramentas de proteção contra a volatilidade aos clientes. Segundo Izzy Politi, Head Comercial de Pessoa Jurídica no Ouribank, os produtos de hedge cambial são o foco para este momento.

“Recentemente, atendi um novo cliente exporta dor que teve prejuízo porque fechou negócios com o dólar a R$ 5, e a moeda caiu para R$ 4,60. Ele não conhecia o serviço de trava cambial e sofreu perdas, mas a partir de agora estará protegido e assessorado”, relata.

O objetivo, segundo o executivo, é que os correspondentes possam mostrar soluções para importadores e exportadores, evitando situações como essa. “É vital conhecer o cenário macroeconômico para orientar esses empresários na tomada de decisões. Há abordagens diferentes para importadores e exportadores. Eles devem focar em seus negócios, e nós na proteção deles”, afirma Politi.

No portfólio do banco, uma das ferramentas mais populares de proteção cambial é o NDF (Non Deliverable Forward), usado porem presas que querem se proteger de uma alta ou queda do dólar. Seu principal objetivo é estabelecer antecipadamente uma taxa de câmbio para uma data futura, trazendo previsibilidade ao negócio.

Junto com o NDF, a trava de câmbio e a opção de câmbio compõem o portfólio de hedge cambial do Ouribank, referência em câmbio há mais de quatro décadas e que realiza esse tipo de operação diariamente.

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