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2/2/23

Dólar em patamar baixo: confira algumas dicas para aproveitar a cotação da moeda

Por

Michele Loureiro

A chegada de um novo governo no Brasil não mudou a constante oscilação do dólar, mas trouxe novos elementos. A expectativa do mercado pelas diretrizes pode ajudar a explicar o sobe e desce da moeda, mas acontecimentos econômicos e políticos ao redor do mundo também impactam na cotação.

Em pouco mais de um mês de governo, o novo presidente já falou de questões importantes, que podem impactar na taxa de câmbio, como o desenvolvimento de uma moeda única do Mercosul para uso comercial e o uso de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para ajudar a financiar projetos em países vizinhos.

Segundo Cristiane Quartaroli, economista do Ouribank, há fatores que podem contribuir para ambas as direções. “Por um lado, o real tem se beneficiado da retomada da economia chinesa e do consequente aumento de fluxo para emergentes. Além disso, o elevado nível da nossa taxa de juros, contribui para o ingresso de fluxo de capitais para o Brasil e na queda do dólar por aqui.”

Mas as incertezas em relação ao futuro das contas fiscais e os intensos ruídos políticos podem prejudicar uma melhora mais expressiva na nossa taxa de câmbio, explica a economista.

É importante destacar que a moeda norte-americana é a mais negociada no mundo e é responsável por balizar as transações internacionais. Por isso, a oscilação do papel para baixo pode ser uma oportunidade.

Para ajudar investidores pessoas físicas e empresas na tomada de decisão, o Blog Ourinvest listou cinco ações que podem ser realizadas enquanto a moeda está em patamar baixo. Confira:

1. Aumentar a reserva

Para o investidor pessoa física pode ser uma boa hora de investir na compra de dólar. Segundo especialistas, no entanto, é interessante não fazer grandes apostas de uma só vez. A ideia é aproveitar o momento para realizar aportes periódicos e rotineiros. Dessa forma, o investidor dilui seu preço médio e diminui as chances de pegar uma cotação muito elevada.

Outro ponto a ser avaliado é a intenção do aumento de reserva. Caso o objetivo seja apenas a revenda em um momento de alta, a dica é lembrar sempre que preço de compra e venda são bastante diferentes.

Isso porque há uma diferença entre dólar compra e venda. Essa é uma expressão comum no mercado financeiro e é utilizada para operações em casas de câmbio e com correspondentes cambiais. A cotação nesse caso é maior para quem compra dólar do que para quem vende aos estabelecimentos. Por exemplo, ao retornar de uma viagem o sujeito ainda possui US$ 1000 e quer converter para reais. A casa de câmbio pagará um preço menor do que o correspondente na ocasião da compra, pois visa manter a taxa de lucro do estabelecimento.

2. Foco no turismo

Com a retomada das viagens internacionais e a cotação das moedas estrangeiras em queda frente ao real, a expectativa é de que o setor de turismo volte a ficar aquecido depois de dois anos de restrições.

Pode ser um bom momento para fechar aquela viagem para fora do Brasil e aproveitar preços melhores nas tarifas e na moeda que será gasta no passeio.

O Ouribank possui cerca de 400 correspondentes cambiais espalhados pelo Brasil, que podem ajudar nas transações. Além de fazer a compra e a venda de papel em moeda, os parceiros são habilitados para apresentar operações e realizar transações.

3. Hora de fechar negócios

Esse também pode ser um bom momento para assinar o contrato tão aguardado de compra de bens fora do Brasil. Seja uma casa, uma obra de arte ou até mesmo um negócio almejado nos últimos meses.

Para se ter uma ideia, cada R$ 0,20 pode fazer uma grande diferença. Por exemplo, uma casa nos Estados Unidos vendida por US$ 250 mil custa R$ 1,3 milhão quando o dólar está a R$ 5,20 e sai por R$ 1,250 milhão quando a cotação está em R$5.

4. Hora de assinar contratos de Comex

As empresas também podem aproveitar o momento de baixa da moeda norte-americana para agilizar seus contratos parados na gaveta ou mesmo planejar as transações do ano de 2023. Os importadores, por exemplo, podem negociar mais matérias-primas e produtos a um preço menor e aumentar o lucro no médio prazo.

5. Garantir proteção do patrimônio

Todas essas dicas de como aproveitar a quedado dólar andam de mãos dadas com o hedge cambial. Seja para fazer negócios de pessoa física ou transações entre empresas, a ferramenta foi criada para proteger das flutuações do câmbio.

Com o hedge é possível fixar as cotações futuras e ajudar a reduzir o risco de uma forma eficiente e segura, além de reduzir os custos operacionais.

Ou seja, ao comprar um bem fora do Brasil, assumir custos para manter alguém estudando em outro país ou assinar um contrato para importação, o hedge cambial atua como uma garantia de que a cotação da moeda não sofrerá alteração.

Dessa forma, é possível aproveitar a baixa da moeda e trabalhar com previsibilidade nos próximos meses. Cada transação é feita de forma personalizada.

Bruno Foresti, superintendente de Câmbio do Ouribank, diz que não existe um padrão pronto. “Nós ajudamos o cliente a decidir quanto do montante ele quer proteger e encontramos a melhor opção para cada tipo de negócio. A ideia é que o cliente possa focar na essência de sua operação em vender seus produtos. Nós cuidamos da taxa cambial”, diz.

O Ouribank possui uma equipe especializada para ajudar investidores e empresas a encontrarem a melhor solução para aproveitar esse momento do dólar.

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Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

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