Por
Michele Loureiro
Muitas pessoas ainda acham que é difícil fazer uma transferência internacional, mas a verdade é que enviar dinheiro para fora do país é um processo tranquilo quando realizado por especialistas no assunto.
Os brasileiros com comprovação de origem de patrimônio podem mandar dinheiro para o exterior por diferentes motivos, seja para manter um filho no exterior, para investir ou até para a importação ou exportação de produtos.
Quando as transferências internacionais são feitas por pessoas não especializadas há o risco do processo ser lento e muitas vezes errôneo: “Isso porque em cada país de destino existem, além de acordos de bitributação, suas particularidades. É preciso conhecer as legislações e sistemas”, explica Bruna Dayan, Gerente de Negócios Internacionais do Ouribank. Ela explica que não há limite mínimo ou máximo para realizar remessas internacionais.
Para realizar uma remessa ao exterior, o cliente precisa encontrar uma instituição confiável e fornecer informações pessoais, como documentos, declaração de imposto de renda e endereço.
Para que a transação seja efetivada com sucesso é preciso entender o motivo da transferência , inclusive para que os impostos sejam corretamente cobrados, dependendo da natureza da operação. “Por exemplo, apresentar a matrícula do filho em uma faculdade na Europa ou o comprovante de aluguel de uma casa no exterior”, diz Bruna. Além disso, a origem do dinheiro também é checada.
Bruna explica para cada natureza de transferência existe uma cotação de IOF diferente. Para pessoas físicas, o IOF é diferente de operações para pessoas jurídicas ou serviços. Quem define essas tarifas é o Banco Central.
No Ouribank, o tempo para a realização de uma transferência internacional é de no máximo um dia útil, desde que os documentos cadastrais e a comprovação de origem de dinheiro estejam corretos. “Isso para a primeira transferência, em que o cadastro é feito pela manhã e à tarde o valor já está na conta do favorecido”, afirma Bruna. Para as transações posteriores, o tempo de remessa só leva em conta o fuso horário dos 96 países em que o banco atua.
O número de transferências internacionais do Ouribank aumentou de forma exponencial nos últimos dois anos. “Além de ajudar com os trâmites das transferências, nós fazemos uma consultoria para o cliente acompanhando qual o melhor momento do câmbio em uma determinada janela de prazo que ele tem para fazer o envia. Por exemplo, se precisa pagar a escola do filho até dia 10 de cada mês e verificamos uma boa taxa no período e já entramos em contato com o cliente”, diz. Além disso, ela destaca os serviços de hedge cambial e ajuda com investimentos no exterior. “Temos soluções completas”, afirma Bruna.
O volume de remessas para o exterior deve crescer nos próximos anos. Isso porque o Banco Central lançou no começo de outubro as bases para que transferências de dólares entre o Brasil e outros países sejam facilitadas.
Isso será possível tanto para empresas exportadoras e importadoras de mercadorias quanto para famílias que residem ou investem no exterior, por exemplo. A proposta é que haja redução dos custos de transferências.
As mudanças fazem parte de um projeto de lei encaminhado pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso, que moderniza a legislação cambial no Brasil. O texto também pode abrir caminho para pessoas físicas terem contas em moeda estrangeira no País, mas ainda não tem data para entrar em vigor.
Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.
ouça agora