Por
Michele Loureiro
O mês de junho celebra o dia do turista. Além da ansiedade por conhecer novos destinos, as viagens internacionais trazem alguns afazeres na bagagem. Trocar moedas para gastar no país de destino é um deles. Afinal, como economizar na hora de trocar câmbio?
Os gastos dos brasileiros no exterior são bilionários. Segundo dados do Ministério do Turismo, as despesas com viagens ao exterior ultrapassaram US$ 5,2 bilhões em 2021. As expectativas para este ano são mais positivas, por conta do maior controle em relação à pandemia.
Apesar das cifras altas, ninguém quer gastar mais do que o necessário nas viagens internacionais. Por isso, planejar a compra de moedas antes de viajar requer uma estratégia.
Segundo Raphael Coracini, especialista em Câmbio do Ouribank, a principal dica é “fazer um hedge” dos gastos da viagem. Hedge, em sua tradução mais simplificada, quer dizer proteção. Ou seja, a ideia é se planejar para não ter surpresas com as variações cambiais, cada vez mais comuns.
“Quando fechar a viagem já é hora de começar a comprar moeda. Não adianta esperar o câmbio melhorar, pois o efeito pode ser oposto e comprometer o passeio. Fechou a viagem, comece a comprar para trabalhar com a previsibilidade dos gastos”, diz.
Para o executivo, a pessoa deve traçar um planejamento de despesas durante o período que antecede a viagem e comprar moeda toda vez que tiver montante disponível, independentemente, da taxa do momento. “Esperar uma taxa melhor não é uma boa ideia, pois ela pode não vir”, avalia.
Raphael diz que o Ouribank trabalha com mais de 20 moedas à pronta entrega e, em casos de destinos mais exóticos, os clientes têm o papel em até três dias. Para comprar as moedas é necessário fazer um cadastro no banco.
“O cadastro simplificado para compra de moeda contempla até R$ 100 mil por ano sem necessidade de comprovação de renda. Para valores maiores, é necessária uma documentação adicional”, explica.
Dólar, euro e pesos estão entre as moedas mais procuradas pelos brasileiros. Isso se explica pela popularidade dos destinos que aceitam os papéis.
Um recente levantamento feito pela ViajaNet, agência de viagens on-line, analisou 238,9 mil buscas no Google por termos relacionados a turismo, entre março de 2021 e março de 2022, e apontou os Estados Unidos como destino prioritário dos brasileiros.
A lista é encabeçada por Orlando, na sequência, aparece Cancún, no México, e Nova Iorque, também nos Estados Unidos. Compondo o TOP 5 do ranking, surgem Paris (França) e Miami (EUA), respectivamente.
Você já deve estar habituado com as oscilações cambiais. Mas, afinal, por que a taxa de câmbio muda tanto?
Segundo Cristiane Quartaroli, economista do Ouribank, o objetivo da taxa de câmbio é medir o quanto uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais, já que bens e serviços têm diferentes preços de um país para outro.
“Um dos principais fatores que afeta o cálculo da moeda é a oferta e demanda da moeda. Mas não se trata de uma conta objetiva, afinal, fatores políticos e econômicos de cada nação também tornam uma moeda mais forte ou fraca, e isso influencia no preço do câmbio”, diz.
Confira exemplos de itens considerados para definir a taxa de câmbio de um país:
● custos administrativos
● valor da operação
● taxas de juros do país
● forma de entrega da moeda
● origem da transação
“A única certeza em relação à taxa de câmbio é a volatilidade. Ela pode mudar rapidamente. Por isso, quem deseja viajar deve se programar e aproveitar as oportunidades”, finaliza a economista.
Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.
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