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3/6/25

Como as Contas de Não Residente estão atraindo empresas e revolucionando o mercado de pagamentos no Brasil

Por

Michele Loureiro

O interesse das companhias estrangeiras em fazer negócios no país ganhou novos contornos com a recente regulamentação das Contas de Não Residente (CNR) pelo Banco Central do Brasil. A nova regulamentação está transformando o cenário de investimentos e transações financeiras ao proporcionar mais agilidade, redução de custos operacionais e eficiência financeira para companhias internacionais atuarem no mercado local sem que haja a necessidade de constituir uma empresa ou nomear representantes brasileiros.

O Brasil está em destaque no plano de negócios de companhias globais por se destacar como a maior economia da América Latina, representando 42% da receita do comércio eletrônico na região, segundo o Relatório de Transformação Digital da América Latina. Além disso, os brasileiros estão cada vez mais habituados a extrapolar as fronteiras na hora de fazer compras e, em 2023, 7 a cada 10 consumidores realizaram compras transfronteiriças pela internet.  

A tendência é que as vendas continuem em alta. Em 2024, o país alcançou o maior crescimento mundial no setor de e-commerce, com um aumento de 16% nas vendas online. Os dados não passam despercebidos pelas companhias internacionais e há um crescente interesse em realizar operações por aqui. Por isso, o Ouribank, referência em câmbio e em serviços financeiros, tem observado aumento na demanda de companhias do exterior. “Diversos provedores de pagamento ao redor do mundo têm procurado o banco para estruturar operações de recebimento e execução de pagamentos cross border através das plataformas digitais ofertadas”, diz Bruno Foresti, Diretor do Ouribank.

Ele explica que as CNRs permitem que empresas estrangeiras realizem operações como pagamentos a fornecedores, recebimentos por exportações e investimentos em ativos financeiros diretamente no sistema bancário brasileiro. Essa flexibilização reduz a burocracia e os custos operacionais, tornando o Brasil um destino mais atrativo para o capital estrangeiro. “A fácil integração via API ou acesso via internet banking possibilita que as empresas que fecham com o Ouribank consigam realizar pagamentos em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana. Temos um sistema integrado que possibilita essa agilidade, sem dedução nos pagamentos e garantindo as normas com a regulamentação brasileira”, diz o executivo.

Leia também: Conta de Não Residente (CNR): como funciona e quais as vantagens para empresas internacionais?

Os usuários desse tipo de conta costumam ser empresas prestadoras de serviços ou comercializadoras de produtos com sede fora do país. Também há companhias de pagamentos que usam o formato para simplificar o fluxo financeiro entre pessoas físicas que realizam operações como manutenção de residentes e transações para contas de mesma titularidade.  

Como as CNRs vão mudar o mercado

Para especialistas, a adoção das CNRs pode aumentar significativamente o volume de investimentos estrangeiros no Brasil nos próximos anos. A expectativa é que, com a maior facilidade de acesso e menor custo de entrada, o país se torne um polo ainda mais relevante para negócios internacionais, especialmente em setores como agronegócio, tecnologia e infraestrutura.

A modernização das regras cambiais e a introdução das CNRs representam um passo importante na integração do Brasil aos fluxos financeiros globais, promovendo um ambiente de negócios mais dinâmico e competitivo. A Conta de Não Residente permite que instituições financeiras não bancárias sediadas no exterior, sujeitas à supervisão de PLD e Financeira, possam operar diretamente através de conta domiciliada no Brasil, inclusive gerindo liquidez entre fluxos com contrapartes no Brasil e no exterior em reais, isso traz maior eficiência do ponto de vista de agilidade de execução, gestão de liquidez e tributária.

Segundo Bruno, nos últimos anos o Ouribank se preparou tecnologicamente para atender a demanda e tem ajudado empresas a realizarem milhares de transações por dia. “Nosso diferencial está em unir a expertise em pagamentos internacionais B2B, a solidez de um banco com mais de 40 anos de atuação e uma plataforma digital única que permite acessar a infraestrutura de pagamentos locais”, diz. Ele destaca que o banco é capaz de realizar transações cross-border com funcionalidades de câmbio 24 horas em sete dias da semana, além de contratação de hedge cambial para trazer previsibilidade de valores e uma gestão 100% via API.  

O executivo explica que as empresas do exterior têm acesso a uma espécie de PIX internacional ao se acoplarem na estrutura do Ouribank. “Ao acessarem uma conta em reais conectada à infraestrutura do Pix, os mesmos protocolos de confirmação de pagamentos são seguidos, ou seja, as transações internacionais são confirmadas em milissegundos”, afirma.

Justamente para falar sobre o trabalho do banco e compreender as tendências do setor de pagamentos, como as transações tempo real, stablecoins e novas soluções para transferências cross-border, o Ouribank estará presente na edição de Amsterdam, na Holanda, da Money20/20. O evento, que acontece em junho, reunirá centenas de empresas de pagamentos e ajudará a definir os próximos passos do setor. “Seguimos conectados com o que há de mais atual no mercado”, diz o diretor.  

Além disso, ele reforça que o banco está de olho nas novas regulações e agendas de inovação do Banco Central, quanto à jornada de evolução do Pix, mercado de câmbio, real digital, blockchain e bank as a service. “Seguiremos nosso diálogo próximo com o regulador, participando de forma ativa no ecossistema e atentos às tendências para trazer produtos cada vez mais inovadores ao mercado que deem fluidez ao câmbio e melhore a experiência do cliente”, finaliza.

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