blog
14/8/23

15 curiosidades que você deve saber sobre Drex, o ‘primo do Pix’

Por

Michele Loureiro

Batizado pelo Banco Central como Drex, o Real digital deve entrar em operação no país a partir de 2024 com a promessa de garantir acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia para os empreendedores brasileiros e de criar um ambiente seguro para a geração de negócios ainda mais seguros.

Chamado de ‘primo do Pix’ por dar continuidade à modernização do sistema bancário brasileiro, o Drex foi anunciado nos últimos dias e promete ser mais um marco na revolução financeira. Por isso, o Blog Ourinvest reuniu as 15 principais dúvidas sobre o assunto e te ajuda a entender como a nova moeda funcionará e se haverá impactos no câmbio. Confira a seguir:

1. O que é o Drex?‍

Drex é o nome oficial do Real Digital do país. Segundo o Banco Central, cada letra do nome refere-se a uma característica da ferramenta. O “D” representa a palavra "digital"; o “R” representa o "real"; o “E” simboliza a palavra "eletrônica"; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea.

2. Quando o Drex começa a valer?‍

Segundo o BC, a previsão de lançamento é até o final de 2024.

3. O Drex vai substituir o Real?‍

Não. A nova moeda digital e o Real são a mesma coisa. A única diferença é o meio em que serão utilizados: um é físico e o outro é virtual. O valor das moedas, portanto, não muda.

4. O Drex vai impactar o mercado de câmbio?‍

A moeda virtual terá a mesma cotação do Real. Por isso, não oferecerá rendimentos por estar depositada, diferentemente de uma aplicação financeira. Ela manterá sempre o mesmo valor, independentemente do tempo que passar, assim como o dinheiro vivo guardado em casa, por exemplo. Portanto, a cotação do câmbio não será afetada pelo Drex.

5. O Drex é uma criptomoeda?‍

Não. Embora seja uma moeda digital que utiliza o sistema blockchain, o Drex não é uma criptomoeda, que tem como principal característica a gestão descentralizada e a ausência de fiscalização.

O Drex será oficialmente regulamentado, emitido e controlado por uma autoridade monetária – o Banco Central. Além disso, não sofrerá variação de preço, pois é apenas uma representação virtual do real.

6. O Drex substituirá o dinheiro em papel?‍

Não. O Drex não deve impactar a circulação de dinheiro em espécie. Ele será apenas uma alternativa ao uso de cédulas físicas, sem a intenção de substituí-las completamente.

7. Por que criaram o Drex?‍

A criação do Drex acompanha uma tendência mundial. Mais de 90 países têm projetos semelhantes em andamento, e o BIS (Banco de Compensações Internacionais) prevê que mais de 20 moedas digitais estejam em circulação no mundo até o ano de 2030.

As moedas digitais atendem às novas demandas sociais e de mercado, impulsionadas principalmente pela digitalização da economia e pelo aumento da inclusão digital e financeira da população.

8. Quais os impactos do Drex no mercado?‍

O Drex facilitará o acesso a transações financeiras que envolvem grandes volumes e operações mais complexas. Será possível, por exemplo, comprar e vender títulos públicos, depositar salários e realizar o estorno de impostos planejado pela Reforma Tributária.

9. Como funcionará o Drex?‍

A ideia é que o dinheiro depositado no banco seja imediatamente convertido em Drex por meio de um processo chamado de tokenização – quando um ativo físico é transformado em ativo digital. Esse valor será guardado em uma carteira virtual, operada por instituições financeiras, como bancos e correspondentes bancários.

10. Qual a relação do Drex com o blockchain?‍

A principal característica do Drex é permitir transações de grandes volumes, e isso só será possível graças ao ambiente extremamente seguro em que operará: o sistema blockchain, o mesmo usado pelas criptomoedas.

O blockchain é uma tecnologia de armazenamento considerada inviolável, irreversível e à prova de invasões, que registra e rastreia transações de ativos, criptografando a informação e reduzindo o risco de ataques.

11. Como usar o Drex?‍

Devido à segurança das transações com Drex, espera-se que a moeda digital ofereça inúmeras possibilidades de uso, desde pagamentos simples até contratos inteligentes. Estes poderão ser estabelecidos no exato momento em que o Drex for utilizado, agilizando as negociações. Por exemplo, numa venda de imóvel, as partes não precisarão preparar um contrato formal primeiro e só depois transferir o valor correspondente e receber a documentação. Todo esse processo poderá ocorrer simultaneamente.

12. Quem poderá usar o Drex?‍

Qualquer pessoa ou empresa.

13. Como ter acesso ao Drex na prática?‍

O Drex ainda não está disponível, mas, segundo o BC, os usuários precisarão de uma carteira virtual sob custódia de um agente autorizado – como um banco ou instituição de pagamento – para acessar a nova moeda digital.

14. O Drex já está em teste?‍

Está em fase de projeto piloto. O BC escolheu a plataforma Hyperledger Besu para conduzir testes com ativos de diversos tipos e selecionou 16 consórcios para participar desta fase.

15. Qual a relação do Drex com o Pix?‍

Ambos podem ser considerados ‘primos’. No Drex, as transações serão realizadas com tecnologia blockchain, permitindo transferências de valores mais elevados. No caso do Pix, as transações são em reais, com limites de segurança estabelecidos pelo Banco Central e pelas instituições financeiras.‍

ouça nosso podcast!

Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

ouça agora