acesse sua contaabrir conta
Relátórios de economia
29/3/2023

Bancos centrais fortes

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA:

O atual reboliço do mercado vem de duas frentes: a primeira é do exterior, com os problemas de algumas instituições bancárias, o Fed, Banco Central Americano, se dispôs a ajudar em liquidez se  for necessário. Somente essa fala gerou um sentimento de apetite a risco no  cenário internacional – nada como um bom resguardo! A segunda frente vem do  cenário local, com a aparente falta de coordenação entre políticas fiscal e  monetária, mesmo porque na Ata do Copom desta semana, o Banco Central do  Brasil (BCB) endureceu o tom em relação a alta de juros, deixando claro que  fará o que for preciso para colocar a inflação na meta, firmando sua  independência, ao passo que o governo tomou isso como mais um afronte. E ao  mesmo tempo, o mercado, e o BCB também, esperam ansiosos pelo anúncio do que  será o novo arcabouço fiscal, para ver se teremos alívio nas expectativas de  inflação e crescimento econômico.  

CONSEQUÊNCIA:

Mais juros ou juros mais altos por mais tempo somados ao  apetite a risco ajudou na correção no real nos últimos dias. Além disso,  saber o que acontecerá com a política fiscal também tira nuvens da frente.  Conforme já falamos, se o arcabouço fiscal for bem desenhado, há chances de  vermos mais um alívio na nossa taxa de câmbio ao longo do ano. Isso abriria  espaço para a inflação desacelerar um pouco e, consequentemente, o Banco  Central teria espaço para iniciar o ciclo de redução da Selic. Mas os bancos  centrais são fortes eindependentes, então, aguardemos, com chance de  volatilidade os próximos passos.

ouça nosso podcast!

Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

ouça agora