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Relátórios de economia
14/3/2023

Águas de março

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA:

Iniciamos o ano com o sentimento de que  estávamos entrando em um ciclo mais positivo no mercado de câmbio. Para se  ter ideia, no primeiro mês do ano, o real valorizou mais de 5% frente ao  dólar. Contudo, em fevereiro, voltamos a ver pressão na nossa moeda e até o  fechamento de ontem, já tivemos uma desvalorização de mais de 3%. Parte dessa  pressão está ligada ao cenário externo, já que a expectativa de continuidade  do ciclo de aperto monetário por parte do FED tende a pressionar as moedas  emergentes. Além disso, as indefinições sobre o arcabouço fiscal trazem um  ponto de incerteza adicional e contribuem para aumento da aversão ao  risco.    

CONSEQUÊNCIA:

Com isso, as projeções seguem pressionadas. O mercado  continua acreditando que o dólar não vai ficar abaixo dos R$/US$5,25. Nós  acreditamos que, se o arcabouço fiscal for bem desenhado, há chances de  vermos um alívio na nossa taxa de câmbio ao longo do ano. Isso abriria espaço  para a inflação desacelerar um pouco e, consequentemente, o Banco Central  teria espaço para iniciar o ciclo de redução da Selic. Mas claro que estamos  dependendo muito de uma variável bastante subjetiva, então, muita água ainda  vai rolar, literalmente!

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Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

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