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Relátórios de economia
20/9/2022

A melhora pode demorar

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA:

Os olhos dos investidores estão voltados para  as decisões dos juros nos EUA e aqui no Brasil, que acontecem amanhã,  quarta-feira. A expectativa de que o Banco Central Americano irá subir mais  os juros para conter o forte avanço da inflação tem pressionado as moedas  emergentes. Isso acontece, pois juros mais altos em economias avançadas  estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil e, com isso,  o dólar sobe. Além disso, se o Banco Central mantiver a Selic em 13,75% a.a.  ajudará esse movimento. Por outro lado, se o Copom fizer um ajuste residual  de 0,25 p.p. na Selic, como apontam algumas estimativas, essa pressão no  dólar poderá ser parcialmente reduzida.

CONSEQUÊNCIA:

Em meio a tantas incertezas, volatilidade continua sendo a  principal característica do mercado de câmbio. Estamos vivenciando um  ambiente bastante adverso, com uma guerra ainda em curso e países da Europa  enfrentando crise energética; temor de recessão mundial, por conta do aumento  nos juros das economias centrais; e estamos em um ano eleitoral, que  geralmente é marcado por pressão no câmbio. Então, é difícil imaginar que  esse período de aversão ao risco esteja próximo do fim. Nós achamos que ainda  demora um pouco para melhorar.

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Economia do dia a dia

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